Qual é a importância de se resgatar as vivências das nossas infâncias?

Sim, mamãe e papai, a sua infância será sempre uma sombra na infância do seu filho… “farei tudo pelo meu filho, darei tudo que não tive”, “ninguém fez nada por mim, e sobrevivi”.

Sabe aquela cena de uma criança desesperada, chorando, perdida na praia? Esta emoção representa muitos pais e mães, quando falam sobre os filhos adolescentes.

Descobrimos durante nossa trajetória, que estamos perdidos… Mesmo sabendo quem somos – diferente da criança perdida – ainda não somos capazes de dizer o que sentimos.

Precisamos aprender o que as emoções estão nos sinalizando.

No consultório encontro diariamente potências, grandes vazios, prontos para serem reinventados… é a despedida da infância, da adolescência, de um amor, de um emprego, de um ente querido.

Despedir: é se despir e ir. Agora não sou mais quem eu era.

Eu preciso caminhar, por um período, NU, absolutamente vulnerável, para que eu possa começar a aprender a sentir. Toda despedida é uma oportunidade de começar de novo. De fazer diferente!

Sofremos porque estamos presos àquilo que aprendemos a acreditar que somos e de repente não somos mais… e a cura só acontece quando nos permitimos sentir toda essa emoção.

É muito importante saber o que se passou, onde erramos e onde acertamos. A mudança começa a acontecer quando eu constato que posso escolher.

E não será diferente com nossos filhos, agora adolescentes, pois eles apresentam novas necessidades. Eles estão se despedindo da infância, uma construção que pode ter sido agradável ou não.

A adolescência carrega alguns estigmas, falas prontas, utilizadas via de regra, para nominar sentimentos que desconhecemos.

É um desafio, um divisor de águas.

Falar deles, é falar de nós. Será uma oportunidade para desatarmos nossos nós.

Fez sentido para você?

Andréa Marília

Sou Andréa, especialista em Terapia Cognitiva Comportamental, e em formação em Terapia dos Esquemas. Faço a diferença nos espaços onde atuo utilizando uma ferramenta que cura: a palavra.

Acredito na capacidade de mudança, na possibilidade de escolha e que o único lugar onde isso pode acontecer é no presente.