7 maio 2019 admin
Caderno Bem Viver – Celina Aquino – Fevereiro / 2014
“Você tem fome de quê?” A clássica pergunta que ganhou destaque com a banda Titãs leva a uma reflexão sobre as escolhas diante da necessidade de se alimentar. Sentir fome é importante para nos lembrar de repor as energias, mas não podemos deixá-la crescer tanto a ponto de devorar um prato enorme de comida. Para não cair em tentação, vale a antiga recomendação de preparar pequenos lanches entre as principais refeições com alimentos saudáveis, nutritivos e pouco calóricos. Cuidado para não se enganar, pois há casos em que a fome está ligada a questões emocionais.
Aline Rodrigues
O que desencadeia a fome emocional?
Incapacidade de entender e elaborar as insatisfações e frustrações, sentimentos que não conseguimos expressar, estresse com o trabalho, nervosismo, questões não resolvidas, entre outros. Cada vez mais a ansiedade e a preocupação levam ao ato compulsivo de comer.
Por que descontamos os problemas na comida?
Vivemos em uma sociedade do imediatismo. Seja no trabalho ou com a família, queremos realizar tudo muito rapidamente. Podemos ter acesso à comida na hora que quisermos. A cada esquina consigo achar um bolo, chocolate ou comer um sanduíche em cinco minutos. Internamente, você está na busca pelo prazer, por algo que vai saciar e apaziguar a angústia. Parece que naquele momento a pessoa consegue até se esvaziar, mas o que realmente deseja e precisa?
Como diferenciar a fome da vontade de comer?
Naquele momento em que se sente fome, tente perceber se existe algum gatilho emocional envolvido para conter o impulso. O que não estou dando conta de elaborar? Rejeição, frustração e inquietude sempre levam ao ato de comer. A comida traz satisfação, mas é passageira. Logo em seguida vem a culpa. Quando a pessoa tem consciência do que tem fome, não busca mais a comida.